Dezembro foi marcado por uma forte recuperação dos fundos multimercados, esses expressando consideráveis ganhos, recuperando a retraída do mês de novembro. Os fundos de renda fixa vêm mantendo o ritmo de recuperação desde outubro.
Janeiro manteve esse ritmo, apesar de tensões geopolíticas como o conflito EUA-Irã após a morte do general iraniano Soleimani e a resposta iraniana atacando a embaixada americana. Contudo, o momento de maior tensão do conflito parece ter passado, com uma moderação nos discursos de ambos os lados.
A ratificação do novo acordo comercial entre Canadá, EUA e México, o UMSCA, e assinatura da primeira fase do novo acordo comercial entre China e EUA na última quarta (15), sinalizando, no mínimo, uma trégua na disputa tarifária entre as duas potências.
No cenário local, janeiro registrou certa euforia em bolsa em razão de uma melhora do cenário externos e boas perspectivas locais para 2020, levando a uma renovação da máxima histórica da Ibovespa nessa semana. Nesse mês também, o FMI publicou uma revisão na sua expectativa de crescimento da economia global e da brasileira. Enquanto houve uma revisão para baixo do crescimento global (redução em 0,1% em 2020 e 0,2% em 2021), o fundo revisou sua projeção para o Brasil para cima, em 0,2% nesse ano, agora em 2,2%. Razões para essa revisão se devem à aprovação da reforma da previdência e melhoras nas expectativas do setor de mineração.
Os fundos multimercados permanecem em um ritmo de alta, com uma leve desaceleração em relação a dezembro, por esse ter sido um mês bem atípico, com uma forte alta desses fundos. Os fundos de renda fixa, conforme esperado, mantêm o ritmo de recuperação. Um fenômeno fora da curva foi o reajuste nos preços das cotas de fundos imobiliários, que após uma grande alta no último ano, em decorrência de consecutivas cortes na taxa de juros e da forte correlação entre expectativa de crescimento econômico e setor imobiliário. Dessa forma, houve uma desvalorização desses ativos, mas nada comparável ao expressivo ganho do último ano.
Houve também um realinhamento na nossa estratégia de fundos multimercados de estratégia quantitativa, uma vez que se observou novos ativos mais bem alinhados com nossas expectativas para esse próximo ano.
Correção no preço das ações, incertezas frente a eleições e o cenário fiscal
Inflação de atacado e endividamento público preocupam